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Esse remédio é forte?

Essa é umas das perguntas mais comuns no consultório. Quando surge, primeiramente tento entender o que a pessoa quer dizer quando diz forte.


E o que percebo?

  • Muitas vezes, ela está comparando números. Não podemos comparar os números referentes a dosagens de substâncias diferentes. Essa comparação não cabe, pois as substâncias possuem suas próprias propriedades farmacológicas.


  • Também é comum que se compare a dose que se toma com a dose de outra pessoa que toma o mesmo medicamento. Mas essa comparacção também não cabe. Cada pessoa é um organismo singular, e a interação entre organismo e substância obedece a essa individualidade.


  • Em momentos de ajuste de dose, também essa pergunta aparece: "Aumentar? Mas já não está forte?". Em muitos casos, para conseguirmos a remissão total dos sintomas, é preciso alguns ajustes (subida de dose). Não é questão de força, mas de ajuste para encontrar a dose adequada àquele paciente naquele momento.


Então:

  • Não existe remédio forte ou fraco.

  • O que existe é medicamento adequado ou não, aàquela pessoa, naquele momento.

  • O que precisa ser forte eé a relação meédico-paciente e o viínculo de confiança entre médico e paciente.


Para isso:

Perguntem! Não saiam da consulta com dúvidas. Perguntem quantas vezes forem necessárias para seu entendimento. Assim, seu tratamento tem maiores chances de correr bem.




Yasmin Fortaleza

Psiquiatra e psicoterapeuta

CRMCE 16144

RQE 10822


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